Confira tudo sobre o primeiro computador com Chrome OS vendido pela fabricante coreana no Brasil. Produto se destaca pelo tempo que é capaz de operar longe da tomada, além do bom desempenho, graças ao leve sistema do Google.
Design
O design do Samsung Chromebook salta aos olhos à primeira vista. Com linhas que lembram o Macbook Air, da Apple, o aparelho tem um corpo fino, medindo somente 1,68 cm de espessura, praticamente a metade do modelo da Acer. As outras dimensões são igualmente pequenas: 20,9 cm de altura e 29 cm de largura.
O peso também é notadamente leve. São somente 1,1 kg distribuídos de forma confortável, ligeiramente mais concentrados na parte traseira do dispositivo – é lá, aliás, onde estão quase todos os conectores.
Samsung Chromebook é fino e leve, com apenas 1,68 cm de espessura e 1,1 kg (Foto: Paulo Alves/TechTudo)
Completamente prateado, o computador seria convencional não fosse pelo selo ‘Chrome’ inscrito na tampa, logo acima da logo da própria Samsung, elegantemente disposta à esquerda e centralizada.
No entanto, apesar do ar de premium, seu material é básico. Só a pintura é metálica, espalhada por uma carcaça em plástico que, se deixa o Chromebook bem leve, também o torna mais barato, no sentido pejorativo da palavra.
Aparência lembra Macbook Air, mas construção é simples e com pintura metálica na tampa (Foto: Paulo Alves/TechTudo)
Basta segurar e usar por poucos minutos para sentir a simplicidade da construção. O teclado é frágil, o clique do touchpad é barulhento demais e a carcaça chega a vergar ligeiramente se o computador for apertado com uma força mínima.
Teclado é em português do Brasil, mas teclas são frágeis e touchpad barulhento demais (Foto: Paulo Alves/TechTudo)
Hardware
Como é o primeiro modelo de Chromebook que a Samsung traz para o Brasil, era de se esperar que não fosse o mais potente de todos. O modelo conta com um processador de baixo consumo de energia, de arquitetura ARM, usado em smartphones. O Exynos 5 é um dual-core que roda a 1.7GHz, ajudado por uma memória RAM DDR3L de 2 GB – a semelhança com o Macbook Air passou longe no hardware.
Samsung optou por um processador de baixo consumo, um Exynos 5 dual-core (Foto: Paulo Alves/TechTudo)
O armazenamento também é pequeno, somente 16 GB de SSD (mas conta com 100 GB no Google Drive por 2 anos gratuito), com entrada para cartão SD, HDs externos e pendrives – são duas portas USB, sendo uma 3.0, além de HDMI para conexão com monitores externos. Como dito antes, todas as entradas ficam na parte de trás, ao lado do minúsculo conector de energia. A máquina também vem com Wi-Fi e Bluetooth embutidos.
Portas USB, HDMI e conector da fonte ficam na traseira do Samsung Chromebook (Foto: Paulo Alves/TechTudo)
A tela é satisfatória, uma LED de 11,6 polegadas com a usual resolução de 1366 x 768 pixels. Junto com a câmera VGA para videochamadas, fica claro que se trata de um computador com configurações bem modestas, equivalentes aos finados netbooks, que perderam espaço justamente por seu desempenho fraco. Porém, definitivamente não é isso que acontece com o Samsung Chromebook, e a ‘culpa’ é do sistema operacional baseado na nuvem do Google.
Software
Diferente de computadores com Windows, por exemplo, em que programas são instalados na máquina e podem ser usados tanto online quanto offline, Chromebooks são feitos para trabalhar o tempo todo conectados. Isso significa que o navegador não é só um dos programas, mas praticamente o único disponível.
Aplicativos ficam todos agrupados em um menu. Uma busca simples encontra rapidamente qualquer conteúdo (Foto: Paulo Alves/TechTudo)
Todas as tarefas são realizadas por lá, em serviços como Drive, para criação de documentos; Hangouts, para chamadas de vídeo; além de diversos outros aplicativos baixados diretamente na Chrome Web Store, loja dedicada exclusivamente ao navegador do Google – há opções bem úteis e funcionais, que incluem até editor de vídeo. Mas, tudo é online.
As únicas exceções são a criação de textos e edição de arquivos disponibilizados offline no Drive, visualização de vídeos e fotos e o gerenciamento de arquivos, cujo app maneja os itens baixados para a pasta Downloads, a única à qual o usuário tem acesso. Praticamente todo o resto requer conexão com a internet para rodar.
Chrome OS roda liso mesmo com um processador modesto. Na foto, a visão geral dos apps abertos (Foto: Paulo Alves/TechTudo)
Porém, essa característica é o que torna o sistema leve o suficiente para que hardwares simples sejam capazes de rodar tudo de maneira muito rápida. O Samsung Chromebook liga em cerca de 5 segundos, e volta da hibernação quase imediatamente. A navegação é muito suave em qualquer site, quase como se tivesse processador e memória de ultrabook.
Quase porque, em nossos testes, alguns engasgos pequenos foram notados em páginas muito carregadas de imagens, ou quando muitas abas eram abertas. Fora isso, seu desempenho surpreende usuários acostumados com PCs que precisam de chips potentes para entregar uma experiência, no mínimo, satisfatória.
Seu desempenho também reflete na autonomia de bateria. Devido à várias escolhas de hardware feitas pela Samsung, a principal delas sendo um processador ARM, o Chromebook da fabricante coreana alcança entre 6 e 7 horas de uso longe do carregador, ou seja, quase um dia inteiro de trabalho – com apenas 7% de bateria, usamos o computador normalmente por meia hora antes de desligar.
Custo-benefício
No conjunto, o modelo acaba trazendo mais pontos positivos do que negativos (Foto: Paulo Alves/TechTudo)
A construção do Samsung Chromebook poderia ser melhor, apesar de não ser de todo ruim, devido à beleza da pintura. Com isso, se você optar por um desses, saiba que se trata de um computador simples com hardware encontrado em smartphones – o Galaxy S4, por exemplo, é mais potente. A Samsung optou por componentes econômicos para tentar fazer um preço competitivo.
A boa notícia é que não é preciso muito para rodar o Chrome OS com leveza e excelente experiência de uso. Com isso, o usuário deve levar em conta o seu aprendizado ao sistema baseado em nuvem antes de comprá-lo. Vale destacar que, embora não haja uma infinidade de programas disponíveis e suporte a sites com Java, por exemplo – caso dos sites de banco –, o Chromebook oferece todas as funções que o usuário médio precisa: criação e edição de textos offline, além de navegação na Internet com, talvez, o melhor navegador do mercado.
Seu diferencial está na rapidez com que opera e na autonomia de bateria. Afinal, nenhum PC com Windows de R$ 1 mil tem bateria de 7 horas ou liga em 5 segundos – na verdade, não é preciso nem desligar o Chromebook, tornando-o sempre utilizável imediatamente ao abrir a tampa.
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Enquanto uma versão com 3G e acabamento melhor não sai, a impressão que fica é que a Samsung tem um aparelho no mínimo digno de atrair usuários para a ideia de computação sempre conectada idealizada pelo Google, mas precisa abaixar o preço. Por mais que o marketing do produto seja destinado a estudantes, a fluidez e experiência agradável do Chrome OS têm capacidade de agradar ao público em geral, desde que o valor cobrado seja atrativo.
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